Os 4 erros que os advogados devem evitar no empreendedorismo
Para não virar estatística do SEBRAE ou não ser um dos 30% dos escritórios de advocacia que fecham as portas em menos de 1 ano, é fundamental que se organize para não cometer os 4 erros que milhares de advogados cometem no empreendedorismo digital.
Vamos analisar cada um desses erros:
# erro 1 – Não ter um objetivo claramente definido é como ter um barco sem leme.
O advogado se formou, passou na prova da OAB, fez pós-graduação, abriu um escritório de advocacia e se esqueceu de definir um objetivo claro e por escrito sobre o que pretende conquistar na sua jornada.
É importante definir um objetivo claro e por escrito?
– Claro que sim!
Em 1979 foi feito uma pesquisa com os alunos que estavam entrando na faculdade de Harvard. Este estudo foi divulgado no livro do Mark McCommerc, no livro “O que não é ensinado na escola de negócios em Harvard”.
A pergunta feita aos alunos questionava:
“Você estabeleceu metas claras, por escrito e fez planos para concretizá-las?”
– 3% responderam que sim
– 13% responderam que tinham a meta na mente
– 84% responderam não ter nenhuma meta estabelecida
Dez anos depois, em 1989, os pesquisadores voltaram a entrevistar aquelas mesmas pessoas.
Aqueles que pertenciam ao grupo dos 84% levavam uma vida mediana, alguns desempregados e outros trabalhando em atividades que não tinham relação com sua formação. Ao analisarem o grupo dos 13% que haviam definido o objetivo apenas na mente, constataram que eles estavam ganhando pelo menos o dobro do que ganhavam os 84%, alguns eram gerentes, diretores, donos de empresas e levavam um vida de classe média alta. Felizmente, o grupo dos 3% que haviam estabelecido uma meta clara, por escrito e estabeleceram um plano de cão para concretizá-las, estavam ganhando dez vezes mais que a soma total dos 97%.
Por que isso acontece?
A diferença entre os grupos não era a inteligência e nem o aproveitamento do curso, mas o fato de definir metas claras e por escrito, contribui que a mente encontre o caminho para concretizar os objetivos. Afinal, a mente é teleológica.
Sabendo disso, é importante escolher um objetivo, ok?
# erro 2 – Não mirar em um público-alvo na internet é ser reconhecido como advogado generalista.
Advogados generalistas estão por toda a parte. Basta acessar o site de um advogado ou de uma advocacia e constatar que, a maioria deles, não distribuem conteúdos e se apresentam para seus potenciais clientes como advogados que resolvem várias causas.
Em um levantamento da Rocket Matter, empresa que atua na gestão de práticas legais e desenvolvimento de softwares, apontou dados importantes sobre sites de escritórios de advocacia:
– Quase 40% dos escritórios de pequeno porte não têm site;
– Apenas 53% dos sites de escritórios de advocacia apresentam um conteúdo organizado;
– Somente ⅓ dos sites do ramo são otimizados para dispositivos móveis;
– 68% não têm um endereço de e-mail na página inicial;
– 27% não têm um número de telefone na página inicial;
– 97% dos sites falham na entrega de conteúdos personalizados para seus usuários.
Não 3% dos advogados do Brasil estão fazendo o que precisa ser feito e, quando decidem fazer, o fazem sem qualquer planejamento estratégico de marketing. É o que iremos ver no próximo erro.
# erro 3 – Não elabora um planejamento estratégico nem para alcançar o objetivo e nem para fazer a distribuição de conteúdo.
Novamente, o ponto central é a falta de planejamento.
É comum observar nas redes sociais que advogados e advocacia criam páginas de fãns e convidam todo mundo para fazer parte. Não há nada de errado nisso, mas perceba que parentes, amigos e familiares, muitas vezes, não fazem parte do público-alvo quando a distribuição de conteúdos é feita de forma estratégica.
Mas não é isso que acontece!
Depois de visitar centenas de páginas de fãns, constatamos que muitos advogados continuam com a publicação de conteúdo genérico. Faz uma publicação sobre direito de saúde, outra sobre decisão judicial no trabalho, outra sobre direito de família e por aí vai.
No começo as coisas parecem estar indo bem, isto é, receber algumas curtidas, mas, com o tempo, as pessoas deixam de curtir porque não é interesse delas ficarem recebendo conteúdos sobre diversas áreas do direito. Muitos decidiram curtir o canal porque foram convidados, tem alguma consideração pela pessoa e achou educado se inscrever.
O que isso causa? Como o advogado se sente ao ver que não esta sendo mais curtido?
Ele simplesmente abandona a rede social e diz que não funciona. Para de fazer postagens genéricas e deixa tudo para lá, o que é muito ruim para o nome ou a marca dele. Agora imagine que alguém esteja interessado em serviços do advogado, por qualquer motivo, e decidi procurá-lo na rede social e vê que sua página profissional está abandonada, o que você acha que pode acontecer?
A distribuição de conteúdo deve ser feita com objetivo, deve ser mirada em um público alvo, com foco em ajudar o potencial cliente a tomar a decisão de contratar os seus serviços e não os serviços oferecidos pelo concorrente.
Vamos ao quarto erro.
# erro 4 – Não fazer investimento em marketing é outro erro fatal que leva os escritórios de advocacia e advogados irem à falência.
Marketing era quase uma palavra proibida no meio advocatício durante as décadas de 80 e início da década de 90. Isso porque o código de ética restringia muito as ações de marketing do profissional.
Acredito que existe um problema cultural no mundo advocatício que está impossibilitando que muitos jovens advogados exerçam a profissão por longo tempo.
“As companhias prestam muita atenção ao custo de fazer alguma coisa. Deviam preocupar-se mais com os custos de não fazer nada.”
– Philip Kotler
Não investir em marketing é um dos maiores erros que os advogados podem cometer e, segundo a reportagem apresentado no vídeo, o não planejar e executar ações de marketing é um dos fatores responsáveis que levam as empresas a falência, divulgou o SEBRAE.
Também tenho observado que os advogados mais antigos contribuem muito para que o jovem advogado inicie sua carreira empreendedora sem fazer investimentos em marketing.
Assisti um vídeo onde um advogado muito querido fez uma apresentação comparando o profissional de marketing com mensagens de clarividentes em postes e recortes de jornais.
O advogado lia as mensagens, tipo: “Trago pessoa amada de volta em sete dias amando você dez vezes mais.”
E os jovens advogados se divertiam.
A minha percepção em particular me fez entender que o profissional de marketing é a pessoa que engana alguém, que o marketing nada mais é que uma forma de conseguir dinheiro fácil, fazer promessas que não podem ser cumpridas e por aí vai.
Enfim,
É preciso ter cautela, analisar com calma, ser eclético, pesquisar outras fontes de informações, descobrir a importância do marketing no seu negócio e ter clareza mente sobre o quanto poderá te custar se não investir em marketing.
Principalmente no caso do advogado, já que as restrições são muitas e ele tem poucas alternativas para atrair e conquistar clientes para fazer negócios com ele.
Se você comete algum desses erros, compartilho com você acesso ao e-Book Meu Advogado Online, onde terá oportunidade de entender o que é o projeto Meu Advogado Online e ter acesso à vídeos que podem te ajudar a dar os primeiros passos.
Se quiser saber mais, baixe o eBook Meu Advogado Online e descubra o que fazemos para captar clientes para advogados por meio da internet, sem ferir o código de ética do OAB.